O kombuchá tem ganho cada vez mais adeptos no Brasil, inclusive as blogueiras do mundo fitness. Isso porque, além de auxiliar no tráfego gastrointestinal, o kombuchá aumenta a imunidade, dá sensação de bem-estar e auxilia no emagrecimento.
Mas vamos começar do princípio e entender porque essa bebida milenar tem conquistado tantos fãs.
Para quem não conhece, o kombuchá nada mais é que um chá fermentado probiótico. Até aqui tudo certo, né?
Esse líquido é repleto de organismos vivos (fungos) que quando ingeridos exercem efeito benéfico no balanço da flora bacteriana intestinal.
Todavia, se ingerido da forma errada, o chá pode provocar efeitos colaterais indesejados, como diarreia.
Vou explicar os efeitos colaterais na sequência. Agora, quero lhe mostrar como é preparada essa bebida, de onde surgiu e por que ingeri-la.
Surgimento do kombuchá
Por se tratar de uma bebida tão antiga, a sua origem se torna um mistério. Apesar disso, existem algumas lendas e hipóteses sobre sua origem.
A lenda mais famosa da origem de kombuchá data da dinastia do imperador chinês Qin Shi Huang (221-206 AC). A história conta que o imperador Qin procurava todos os meios possíveis para prolongar sua vida e tomava kombuchá como seu “chá para imortalidade’’.
Outra lenda se refere a um médico koreano que curou o imperador japonês In-giyõ (415 AC). Esse médico passou a ser chamado de Dr. Kombu-ha e essa poderia ser outra evidência que remete ao kombucha.
Do que é feito o kombuchá?
Mas afinal de contas, do que o kombuchá é feito? Simples! Chá, açúcar e scoby. Para quem não conhece, o scoby (comunidade simbiótica de bactérias e leveduras, tradução do inglês: symbiotic culture of bacteria and yeast) é a mãe do kombuchá.
Trata-se de uma colônia de bactérias que se parece com uma placa gelatinosa de coloração marrom. A partir dela, as bactérias e as leveduras vão procriar e gerar a fermentação do chá. Para fermentar e crescer, o scoby precisa de açúcar. Entendeu?
O kombuchá é tradicionalmente feito a partir do chá preto com açúcar, mas também pode-se usar outras ervas e ingredientes adicionais, como chá verde, chá de hibisco, chá mate, suco de frutas e gengibre, para chegar a um sabor mais agradável ao paladar. Vou explicar o modo de preparo logo logo.
Quais os benefícios
Agora que você entendeu do que se trata o kombuchá, saiba que essa bebida gasosa, ácida e adocicada possui diversas bactérias ácido-láticas e vários ácidos orgânicos.
Inclui ainda vitaminas B1, B2, B6, B12 e C, aminoácidos, lipídios, proteínas e minerais.
Ao ingeri-la, você irá:
- Contribuir para o emagrecimento, uma vez que a bebida regula o apetite e diminui a obesidade;
- Combater a gastrite, por eliminar a bactéria H. pylori, umas das grandes causas de gastrite;
- Prevenir infecções intestinais, por combater outras bactérias e fungos que causam doenças no intestino;
- Aliviar e prevenir problemas como gota, reumatismo, artrite e pedras no rins, por desintoxicar o organismo;
- Melhorar o funcionamento do intestino, por equilibrar a flora intestinal tem ação laxante;
- Equilibrar o pH do sangue o que deixa o corpo naturalmente mais forte para prevenir e curar doenças;
- Melhorar o funcionamento do fígado, sendo uma boa opção para depois de tomar antibióticos;
- Prevenir doenças como diabetes e câncer porque melhora o funcionamento de todo corpo;
- Normalizar a pressão arterial;
- Diminuir os sintomas da menopausa;
Contraindicações
O kombuchá faz bem à saúde, mas o preparo inadequado e o consumo excessivo podem envolver alguns perigos
Essa bebida é formada por bactérias, muitas dessas consideradas probióticos. Mas se não for preparada da maneira correta, essas bactérias ou fungos podem se tornar nocivas.
As doenças que mais são citadas incluíam problemas de fígado, acidose láctica (acúmulo de ácido láctico no corpo), reações alérgicas e náuseas.
Consumi-la em excesso também pode causar inchaço e gases, e também causar diarréia, pela ingestão excessiva de açúcar.
Embora o kombuchá seja seguro para a maioria das pessoas, para outras ela pode oferecer perigos sérios. A exemplo de pessoas com o sistema imunológico enfraquecido (com câncer, doença renal ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) podem desenvolver complicações graves por beber kombucha.
Casos raros de reações alérgicas graves, acidose e complicações hepáticas também foram relatados em associação ao consumo de kombucha. Mulheres grávidas ou lactantes, bem como crianças, também devem evitar o consumo.
- Leia mais: Como guardar chás em casa
Como preparar o kombuchá em casa
Vamos ao experimento caso você tenha ficado interessado em apreciar essa bebida cheia de benefícios e também com contraindicações.
Você vai precisar de um pote de vidro, local escuro para o processo de fermentação e paciência.
Para começar, é preciso ter um scoby. O ideal é procurar um scoby orgânico e de fonte confiável.
Ingredientes:
- 1 litro de água filtrada
- 100 g de açúcar
- 1 colher (de sopa) de chá preto, verde ou branco
- Scoby
Modo de preparo:
1 – Leve a água ao fogo. Quando ferver, adicione o chá, tampe e espere 5 minutos.
2 – Coe, junte o açúcar enquanto ainda está quente, misture bem para dissolver e coe em filtro de café (usado só para isto), tampe e espere esfriar.
3 – Coloque o chá frio e o scoby em um vidro de boca larga.
4 – Cubra com guardanapo de papel ou pano de algodão. Prenda com elástico e deixe em temperatura ambiente.
5 – Deixe passar uma semana. Então, confira se o scoby está com bom aspecto, claro, gelatinoso (a nuvem que se forma abaixo dele é normal). O sabor deve estar ácido, mas ainda adocicado. Conserve a colônia mais recente para a próxima partida e guarde outras em um pouco de chá (para doação ou testes).
6 – Guarde a bebida coada na geladeira em vidro tampado e consuma em uma semana, que é o tempo para ter outro lote.
Gostou dessa dica? Continue nos acompanhando e conheça tudo sobre o mundo dos chás, os benefícios para a saúde e suas contraindicações.
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